Episódio 02 – Estilo de Vida

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icon calendar 14/04/2020
Episódio 02 – Estilo de Vida [vc_row][vc_column][vc_column_text]O que tem sobrando aqui que está faltando lá fora? Do que podemos nos desfazer, não para colocar outro no lugar, mas como forma de levar uma vida de mais sobriedade? Assista, comente e compartilhe.

ESTILO DE VIDA

Estar em casa implica em fazer as tarefas rotineiras ou domésticas. Nesse 2º reencontro temos a oportunidade de avaliar nossos objetos e pertences. Eles falam de nós, de nosso estilo de vida, daquilo que nos revestimos e ostentamos. Bolsas, sapatos, ternos, tênis, pratos, mantimentos, cobertores! Quantos itens? Quantos figurinos! O que tem sobrando aqui que está faltando lá fora? O que podemos desfazer, não para colocar outro no lugar, mas como forma de levar uma vida de mais sobriedade. Esse é um “para casa” que realizado com intencionalidade, será poderoso nesse reencontro com nossa existência.
Cabe àqueles que estão na casa fazer lista daquilo que está faltando; sair para comprar; lavar roupa, louça, banheiro; separar e guardar os alimentos. Ao longo do dia, no mínimo três vezes, é preciso que alguém prepare as refeições, sirva a mesa e empilhe as louças sujas na pia. É preciso lavar e torrar o arroz, picar o alho, lembrar de deixar o feijão de molho no dia anterior, lavar as verduras, picar frutas, fazer suco, café, dentre tantas outras ações ordinárias que muitos que nem sabiam que existiam, foram chamados a participar. Em tempos de normalidade, quando muito, sentava-se para “engolir” sua comida e nem entendia o processo milagroso de uma roupa largada suja no banheiro, reaparecia limpa e passada na gaveta. Nos depararmos com os preços de cada coisa (aliás, quanto custo um quilo de banana?) e passamos a ter escala de comparação com outras coisas que consumismos. O que mais essa rotina nos ensina? Um simples e sábio ensinamento sobre o tempo. Cada um desses atos da rotina doméstica, nos impõe uma resistência e têm, em si, uma dificuldade que “nos agarram”. Não que sejam ações complexas, ao contrário, são bem simples, mas consomem tempo e são repetitivas. Ocorrem diariamente, semanalmente, mensalmente. Essa repetição é cíclica, assim como o sol se levanta toda manhã. A resistência que o descascar uma batata nos impõe e o tempo que nos consome, nos relembram que há um tempo real, da vida off-line que está em harmonia com o tempo do nosso corpo biológico. Recordamos que, o dia, com todo o avanço das tecnologias digitais, continua tendo 24 horas. O mundo virtual não conhece tempos delimitados e, além disso nos seduz com a possibilidade de tarefas sobrepostas. Sem que percebamos vamos nos entregando a esses super poderes, contudo, nosso corpo/organismo/natureza/mamífero, continua tendo necessidade de dormir, de comer, de descansar e de se relacionar. Nosso cansaço advém da desconsideração que não somos máquinas e que não damos contas de trabalhar, de estar on-line, plugado a todo momento. Esse modo de viver que permitimos e legitimamos, não só nos escraviza como está nos levando a exaustão. Os gestos ordinários do cotidiano são o alicerce da vida: dormir, comer, descansar, se relacionar. Nessas quatro categorias cabem todas as demais ações: celebrar, ler, estar com as pessoas etc. Não há tecnologia que substitui aquilo que nós, humanos precisamos fazer. São as experiências ordinárias que nos lembram que temos uma humanidade.
Em alguns aspectos a tecnologia nos libertou de trabalhos pesados e nos liberou para tarefas mais criativas, basta citar, por exemplo, a máquina de lavar roupa. Que inovação libertadora! Mas não é daquilo que ganhamos que falo e sim daquilo que perdemos. Refiro a um núcleo que nos diferencia de uma máquina que, ao contrário de nós, não precisa fazer amigos, não precisa comer, não precisa dormir e nem visitar seus pais.
  • por Aleluia Heringer
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